A adrenalina não é exatamente a mesma daquela quando a banda finlandesa de metaleiros, Lordi, ganhou o Concurso de Canções Eurovision com uma vitória esmagadora, nos idos de 2006. Contudo, mesmo assim, há motivos para os baladeiros comemorarem: a Finlândia foi declarada a nação mais próspera do mundo.
O Índice de Prosperidade Legatum (LPI) de 2009, publicado pelo Instituto Legatum, o renomado centro de pensamento acadêmico baseado em Londres, atribuiu à Finlândia o primeiro lugar na classificação geral; no ano anterior ela havia conquistado o terceiro lugar. [Nota atualizada do Redator: ademais, a Unidade de Inteligência do Economist, da revista Economist, classificou Helsinque como a sexta melhor cidade do mundo para morar no seu Índice de Habitabilidade Urbana, publicado em 2010. Helsinque é apenas uma de duas cidades europeias consideradas como as 10 melhores, dentre as quais as melhores estão no Canadá (Vancouver levou a medalha de ouro) e na Austrália (Melbourne levou a de prata)].
O LPI classifica os países em nove subíndices diferentes: fundamentos econômicos, empreendedorismo e inovação; instituições democráticas; educação; saúde; segurança; governança; liberdades pessoais; e capital social.
Dos 104 países avaliados, representando 90% da população global, a Finlândia foi a única classificada dentre os dez melhores em todas as categorias, tendo ficado em segundo lugar nos quesitos governança e segurança, e em terceiro no quesito educação. A Suíça ficou em segundo lugar na classificação geral, seguida pelos vizinhos nórdicos da Finlândia, a Suécia, a Dinamarca e a Noruega. A Austrália e a Nova Zelândia, o Canadá e os EUA, bem como os Países Baixos, também foram classificados entre os 10 melhores.
Os idealizadores do LPI explicam que eles usam uma “definição holística de prosperidade” que inclui tanto “a riqueza material” como “medidas de felicidade e de qualidade de vida”. Eles observam que “as nações mais prósperas do mundo não são necessariamente aquelas que têm apenas um PIB alto, mas sim aquelas que também têm cidadãos felizes, saudáveis e livres”.
As chaves da felicidade
Em outras palavras, “felicidade significa oportunidade, boa saúde, relacionamentos pessoais e liberdade de escolha, para sermos o que queremos ser”, dizem eles. Para todos aqueles que andam se perguntando como poderiam ser felizes, a equação é tão simples quanto essa.
O Instituto Legatum assinala que, apesar de muitas das nações classificadas como sendo as melhores terem um longo histórico de prosperidade, “diversas outras que há pouco tempo sofriam de pobreza, opressão e infelicidade” hoje ocupam posições relativamente altas na lista. “A História não é um destino”, declara o relatório.
Foi uma honra ter obtido a melhor classificação do LPI, confirmando que a Finlândia está fazendo não apenas algumas, porém muitas coisas, direito. Diz o relatório: ”As nações prósperas são sólidas em todos os aspectos”, significando que todos os subíndices estão interligados. Para construir e manter a prosperidade e chegar ao topo da lista, os países não podem ignorar esses “fundamentos da prosperidade”.
Por Peter Marten, outubro de 2009. Atualizado em fevereiro de 2010.