Eles esbanjam beleza, glamour e um toque de segurança típico de quem está fazendo o que realmente gosta. Eles são a banda The Dø, que está arrebatando toda a Europa com seu indie pop cativante.
Dan Levy e Olivia Bouyssou Merilahti são um casal atraente tanto nos palcos como nos bastidores. É como se eles tivessem saído das páginas do roteiro de um set de comédia romântica nas ruas de Paris. Eles esbanjam beleza, glamour e um toque de segurança típico de quem está fazendo o que realmente gosta sem pressão externa e que, além do mais, estão fazendo sucesso. No caso deles, a paixão é a música – eles integram o duo The Dø, que, com seu primeiro álbum “A Mouthful” de 2008, alcançaram o topo das paradas de venda na França, uma conquista incomun se considerarmos que eles escrevem basicamente em inglês. “Dedicamos maior parte de nosso tempo à música!”, diz Olivia, quando questionada sobre outros interesses. “Ela é a nossa vida. Nas férias estamos sempre compondo ou escutando música e lendo livros”, acrescenta Dann.
Com um indie pop cativante que está atraindo uma multidão de fãs na Finlândia (Olivia tem mãe finladesa e pai francês), a banda enfrenta o desafio de não baixar os padrões em seu segundo álbum, Both Ways Open Jaws, ainda este ano. “A pressão vem mais das gravadoras, que geralmente temem não vender tanto depois do sucesso do primeiro álbum. Para nós não é tão difícil. Você já tem a experiência do primeiro álbum. Queríamos fazer um trabalho totalmente livre no segundo álbum e conseguimos. Estamos muitos satisfeitos com o resultado”, relata Dan.
Uma banda que se reinventa constantemente
O casal decidiu formar o grupo depois de trabalharem juntos na trilha sonora do filme “Empire of the Wolves”. Foi amor musical à primeira vista. “Acho que nós aprendemos muito um com o outro, nos complementamos muito bem. Por exemplo, Dan não sabia muito sobre pop ou música soul e eu aprendi sobre outros estilos, como jazz”, diz Olivia.
A banda não tem medo de experimentar e redescobrir-se. Um bom exemplo disto é o relançamento de seu segundo álbum neste mês, com seis trilhas adicionais gravadas durante um verão, acompanhados de outros músicos depois que eles aprenderam com suas experiências de vida. Como diz a própria Olivia: “Nós dois estamos acostumados a trabalhar sozinhos em nossa música. Formamos uma boa equipe e gostamos desta dinâmica, mas, excepcionalmente, está sendo uma experiência fantástica trabalhar com outros músicos.
Finlândia, silêncio perfeito
Inevitavelmente, a Finlândia e sua cultura e natureza particulares também afetam o trabalho do duo. Para Olivia, particularmente, com a banda instalada na maior parte do ano na França, as visitas à Finlândia têm um lado especialmente emocional. “Digamos que por um lado eu não me sinta completamente em casa, mas, por outro, estou em casa. É uma parte importante da minha identidade. Minha mãe sempre fez questão que eu conhecesse a Finlândia, que eu falasse a língua, e eu sou muito próxima da minha família.”
Dan enaltece as virtudes de tranquilidade da Finlândia: “De uma forma ou de outra, compondo ou até mesmo em shows e festivais, estamos sempre cercados por barulho. Às vezes precisamos de silêncio e encontramos perfeito silêncio aqui, na Finlândia. Viemos seguidamente, a paisagem fora da cidade é fantástica. Amamos ficar na casa de campo que a família da Olivia tem perto de Uusikaupunki. Pensamos seriamente que este poderia ser um ambiente ideal para a gravação de nosso próximo álbum.
E, entre relaxantes sessões de sauna e nados nos lagos das florestas finlandesas, a banda vai levando. O tour que se aproxima os levará à Europa, América e Austrália, ao longo do ano que vem. Bon voyage!
Por Antonio Díaz, outubro de 2011