“Como é o tempo”:
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O tempo na Finlândia pode mudar muito no curso de um dia, começando com sol e, depois, chuva. Mudanças bruscas no tempo são características de um dia para o outro. No inverno, pressões baixas que ocorrem sobre o Atlântico Norte trazem tempo ameno, nebuloso e chuvoso, soprados pelos ventos do sul e do sudoeste. O tempo mais quente, no verão, vem do sudeste, com trovoadas e pancadas de chuva.
Quanto ao turismo na Finlândia, o tempo, tanto no verão como no inverno, oferece atrações exóticas. O outono e a primavera são curtos e o tempo, nestas estações, se reflete lindamente na natureza. Na Lapônia, o esplendor da folhagem multicolor em setembro é admirável. As ricas cores do outono duram uma semana ou duas, variando de ano a ano. As folhas adquirem a sua rica coloração depois de algumas noites de geada. À medida que desaparecem no norte, reaparecem rapidamente no sul da Lapônia. No restante da Finlândia, o período da folhagem de outono ocorre em setembro e outubro. Em março e abril, a neve na Lapônia brilha sob o sol intenso, uma época magnífica para as férias de inverno.
Nossa localização, muito ao norte, torna as noites muito leves desde o fim de maio até o início de agosto, mantendo a luz do dia por 24 horas por toda a Finlândia.
Na Lapônia, que está ao norte do Círculo Ártico, há “noites sem noites” no auge do verão, quando o sol não se põe abaixo do horizonte, desde o final de maio até meados de junho. Nos pontos mais ao norte da Lapônia, as “noites sem noite” se sucedem desde 17 de maio até 27 de julho.
Ao contrário, no auge do inverno, os dias são muito curtos. Ao sul do país, a luz do dia em dezembro dura apenas seis horas. Nesta época, ao norte da Lapônia, prevalece a escuridão, e o sol não surge acima do horizonte. No extremo norte da Lapônia, (69-70 °N) o sol se mantém abaixo do horizonte durante todo o mês de dezembro e a escuridão não termina antes de 16 de janeiro. Mas, em Sodankylä (67.3 °N) o sol fica abaixo do horizonte durante poucos dias, durante o Natal.
Em meados do inverno, é memorável observar a alvorada nos céus do sul, em torno do meio-dia. O bom tempo permite ver lá fora, mas a escuridão logo retorna. No entanto, quando o céu está limpo, a escuridão não é total: uma camada de neve limpa e branca reflete as luzes e a lua, aumentando a luminosidade em até 80 %. A escuridão é total apenas quando nuvens pesadas cobrem o céu, com garoa ou neblina.
O luar enaltece as colinas com o seu esplendor, para não falarmos do brilho das luzes do norte no céu azul prateado. O lusco-fusco é realmente longo no país, durando uma hora e meia na alvorada e outro tanto ao por do sol. Em dias claros, a linda luz azulada nos encanta por muito tempo, muito mais do que na Europa central e sul.
1. O local determina o tempo e o clima
A Finlândia está situada bem ao norte, entre as latitudes de 60 – 70 graus. Outras partes do mundo, em latitudes semelhantes, como a Sibéria e o Canadá, são muito mais frias do que a “Finscandia”. Particularmente durante o outono e o inverno o tempo na Finlândia é dominado por áreas de baixa pressão, que se formam sobre o Atlântico Norte, atraindo as frentes do sul ou do sudoeste. As tempestades e as chuvas do Atlântico têm o seu efeito reduzido na Finlândia, protegida que é pela cadeia de montanhas escandinavas, que separam a Noruega da Suécia, e pela própria península sul da Escandinávia. Por outro lado, a proximidade do Oceano Ártico faz com que os ventos do norte tragam tempo claro, porém gelado no inverno.
No verão, a Finlândia recebe doses de ar frio do norte e nordeste, chegando primeiro à Lapônia, de onde se espalham rapidamente às regiões central e sul do país. Por vezes, em janeiro ou em fevereiro, as zonas de alta pressão que se formam na Sibéria trazem o inverno continental com tempo seco, porém gelado à Finlândia, especialmente no leste e na Lapônia.
A localização da Finlândia, ao norte, assim como a proximidade de um grande oceano, podem ser claramente percebidas nas estatísticas climáticas (as tabelas para várias localidades ao longo do período de 1981-2006, mostrando tanto valores médios como extremos, permitem comparações com o clima dos nossos próprios países).
2. O tempo no verão
O clima está se tornando mais quente em todo o mundo, inclusive na Finlândia, onde desde 2000 os verões têm sido mais cálidos do que era usual. Períodos de calor têm sido mais frequentes e duradouros. Na Finlândia, dias com uma temperatura acima de 25 graus Celsius são classificados como quentes. São também previstos aumentos nos índices de chuvas de verão, acumulando-se em diversas pancadas. Também são previstos períodos mais longos com dias secos de verão.
Verões quentes e com recordes de baixa umidade ou confortavelmente quentes com pesadas chuvas têm sido sentidos na Finlândia por mais de dez anos. O ultimo verão fresco ocorreu em 1998.
Muito embora, no futuro mais distante, os verões finlandeses devam ser mais quentes, o tempo continuará a variar muito: durante o dia, o sol brilhará e depois as chuvas, com trovoadas, umidificarão o solo.
Temperaturas no Verão
No verão, mesmo depois de uma noite fria, a temperatura subirá para até 10 ou 15 graus Celsius durante a manhã, com o tempo se aquecendo através da tarde. Desde o Dia de São João (por volta de 24 de junho) até meados de agosto, as temperaturas durante a tarde são geralmente de 20 a 23 graus e, também na Lapônia, chegam a cerca de 20 graus. Por vezes, o ar fresco vindo do Oceano Ártico se espalha por todo o país, baixando as temperaturas para 10 a 15 graus na Lapônia e para 15 a 18 graus nas áreas centrais e no sul. É, também, freqüente um céu encoberto durante uma parte destes dias frescos.
No verão, por vezes, um ar tropicalmente quente e úmido chega à Finlândia pelo sudeste ou pelo sul, elevando as temperaturas a quase 30 graus ou, até mais. Pesadas chuvas e trovoadas frequentemente ocorrem nestes dias. Outras vezes, áreas de alta pressão vindas da Sibéria se movem para o oeste no verão, trazendo tempo muito seco e quente. As temperaturas mais altas registradas na Finlândia durante os anos 2000 têm variado entre 30 e 33 graus.
Na Finlândia um dia é dito quente quando a temperatura, durante a tarde, chega ao menos a 25 graus. Por este critério, registraram-se 22 dias quentes em junho de 1999, 26 em agosto de 2002 e 27 em julho de 2003. Ocasionalmente, estas temperaturas têm sido registradas no sul mesmo ao início de setembro.
Chuvas e ventos de verão
Na Finlândia, há relativamente poucas chuvas no início do verão. A precipitação media é de 40 a 60 mm, comparados com 65 – 80 mm em julho e agosto. As precipitações do verão são curtas ou com trovoadas.
As pancadas de verão na Finlândia duram cerca de meia hora. Pouquíssimos são os dias de verão encobertos ou chuvosos durante o dia todo. Se a pressão estiver alta o tempo é, geralmente, ensolarado e seco, mesmo que as nuvens do bom tempo (Cumulus humulis) venham a se transformar em trovoadas (Cumulus nimbus) à tarde. A costa finlandesa é mais ensolarada do que o interior e tem menos chuvas. No início do verão a costa é muito ensolarada porque a brisa do mar frio impede que as nuvens de chuva no interior avancem, durante a tarde. Somente ao anoitecer podem se mover do interior para a costa com o enfraquecer do vento. Quando ocorre uma onda mais forte de alta pressão, os períodos de tempo seco podem se estender por duas a três semanas.
A precipitação de junho a agosto varia de 180 milímetros na costa e ao norte da Lapônia a 225 milímetros no interior. A precipitação diária durante um dia de verão será, tipicamente de 2 a 4 milímetros. Por vezes, pancadas mais fortes podem trazer de 20 a 40 milímetros de chuva. Em um verão seco, como ocorreu em 2006, a chuva foi a metade da média histórica e na costa, apenas um quarto dela. Por outro lado, os verões mais chuvosos podem registrar de 300 a 400 milímetros, como ocorreu em 2004 e 2005.
Ventos
No verão, os ventos são muito mais fracos do que no outono ou no inverno. Frequentemente, o ar é muito calmo à noite e o vento recomeça pelas manhãs, quando o sol esquenta as colinas e os vales. Tanto no verão como no inverno, os ventos do sul e sudoeste prevalecem. As brisas costeiras do golfo da Finlândia são também do sul e do sudoeste, porém, no golfo da Botnia, vêm do oeste. Os efeitos da brisa marítima se estendem por 10 a 20 quilômetros terra adentro. À noite a brisa diminui e a costa fica calma, com uma brisa contrária, de terra, mexendo o mar. Nuvens de trovoada formam suas próprias rajadas de vento e pancadas. Os boletins meteorológicos advertem sobre elas, tanto para a terra como para águas costeiras ou internas.
A Luz do Sol
Muitas cidades costeiras se vangloriam de serem as mais ensolaradas da Finlândia no verão, o que, de acordo com as estatísticas de dias de sol, é verdade se comparado às cidades do interior. O sol brilha, sobretudo no mar, no arquipélago ao sudoeste e na costa. A média de horas de sol na costa em maio e junho é de mais de 300 enquanto, no interior, este número é ligeiramente menor. Em julho, devido à chuva e às trovoadas, há menos de 300 horas de sol e, à medida que os dias se encurtam, especialmente em agosto, o sol brilha menos.
Em razão de o sol estar acima do horizonte, em meados do verão ao sul da Finlândia é possível aproveitar o sol por 18 a 20 horas em dias de céu azul e por 24 horas na Lapônia. Em um dia típico de verão, mesmo com a sombra passageira de chuvas e trovoadas, será possível gozar o sol por 9 a 10 horas diárias. Também na Finlândia, durante o verão, a radiação ultravioleta emitida pelo sol é forte antes e depois do meio-dia. Proteger-se das 11:00 às 15:00 horas é altamente recomendável.
Trovoadas
Em meados do verão, enormes nuvens de trovoadas podem se formar na Finlândia, quase como nos trópicos. Clarões de raios são frequentes e pesadas chuvas também fazem parte deste ambiente. Chuvas de granizo também podem ocorrer, embora raras. Com a elevação da temperatura, pode aumentar a frequencia de trovoadas violentas.
As trovoadas são mais frequentes em julho do que nos outros meses de verão, usualmente a cada 5 dias. De maio a setembro, ocorrem em média a cada 12 dias no sul e no centro, sendo menos frequentes na costa e ao norte. O número anual de dias de trovoada varia de 6 a 20.
3. O tempo no outono
Na Finlândia, o outono domina o verão à medida que o mês de agosto termina. Na Lapônia, o outono se anuncia com a chegada das primeiras noites de geada e o início das coloridas folhagens desta estação, durando poucas semanas e avançando firmemente para o sul. No sul, sobretudo na costa, as temperaturas de verão se mantêm até meados de setembro e, no início deste mês, há alguns dias com temperaturas de verão. Também neste mês as primeiras nevadas caem ao norte, porém rapidamente se derretem.
O equinócio de outono, quando os dias e as noites têm a mesma duração em todo o mundo, cai em 21 de setembro. Daí em diante, os dias se encurtam até o Natal.
Ao final de outubro, a temperatura é cerca de seis graus mais baixa do que no início do mês, quando a média diurna é de 5 graus na Lapônia e de 10 graus ao sul, enquanto, ao final do mês, será de zero grau ao norte e de 5 graus ao sul. Por vezes, há noites e manhãs de geada também ao sul da Finlândia, sendo que a primeira neve na região central também cai em outubro.
Em novembro, volta-se ao horário normal e a luz do dia começa a encurtar. Novembro também é o mês de tempestades de inverno. Fortes depressões vindas do Atlântico trazem fortes ventos e chuva. Há, em média, quatro tempestades no mar finlandês em novembro, evidenciando que ventanias não ocorrem na Finlândia todo o tempo. As precipitações podem começar com neve, porém, quanto mais ao sul, é mais provável que se transformem em chuva.
4. O tempo no inverno
A chegada do inverno na Finlândia acontece, rapidamente, entre novembro e dezembro. Ventos do norte trazem ar frio do Oceano Ártico. Na Lapônia, o inverno já se faz sentir em novembro e, em verdade, em toda a região norte e em parte do leste, já é possível ver grandes extensões cobertas de neve neste mês, enquanto, no sul e sudoeste, isto só acontece em dezembro. Há nevascas antes disso, porém elas derretem. A região de Helsinque, por exemplo, fica coberta de neve permanente no dia de Natal, 25 de dezembro, enquanto no extenso arquipélago ao sudoeste, a camada de neve não se torna permanente antes do fim do ano.
O inverno a cada vez mais ameno é refletido nas estatísticas da década de 2000: chuvas e garoas têm sido mais frequentes. Há chovido em dezembro e mesmo em janeiro e fevereiro. Degelos temporários, acompanhados de chuvas, não derretem totalmente a neve na Lapônia, mas o fazem mais ao sul. Durante os últimos 15 anos, recordes de invernos amenos têm sido registrados: em 2006, por exemplo, as primeiras quedas de neve ao norte só ocorreram quase em dezembro. O clima cada vez mais quente tem feito com que os invernos comecem mais tarde em todo o país.
Temperaturas no inverno
Na Finlândia, o inverno é a estação mais longa. Define-se inverno quando as temperaturas médias diárias permanecem abaixo de zero. Assim, o inverno, no arquipélago do sudoeste, onde o mar não gela dura cerca de três meses (dezembro a fevereiro), enquanto ao norte da Lapônia, se estende por mais de seis meses, de meados de outubro até o final de abril. Na região central, o inverno prevalece desde novembro até o início de abril e na região interior, ao sul, de dezembro até o final de março.
No entanto, o inverno finlandês inclui dias em que a temperatura sobe acima de zero. Isto ocorre, frequentemente, com garoas e chuvas, em média, por 6 a 10 dias, em cada mês ao sul e por 2 a 8 dias na região central. Quando os invernos são muito amenos, chove por alguns dias até na Lapônia. As garoas, no inverno, são geladas fazendo com que as estradas fiquem muito escorregadias. As estações de rádio advertem os usuários para que tenham mais atenção e cuidado.
O período mais frio em meados do inverno (dezembro a fevereiro) ocorre em janeiro na Lapônia e, tipicamente, no início de fevereiro no sul. A temperatura, em dias de inverno, é condicionada, sobretudo, por ventos frios e secos vindos do norte, quando o tempo fica claro ou por frentes quentes, úmidas e nebulosas, vindas do Atlântico, ao sudoeste. O ar, no inverno, não se esquenta pelo sol, que permanece baixo, perto da linha do horizonte. A situação muda rapidamente em fevereiro ou março porque, em março, no equinócio, o efeito aquecedor do sol se torna considerável. Isto ocorre mais nitidamente na Lapônia – a neve ofuscante de março faz com que a luz do sol provoque o aquecimento, de uma temperatura de 15 graus negativos ao amanhecer para números positivos durante o dia. Em dias claros, o sol provoca aquecimento de até 20 graus. Estes intervalos de temperatura são menos acentuados mais ao sul.
O lençol de neve
O inverno chega primeiro ao norte. Na Lapônia, os cumes das montanhas e os vales geralmente recebem as primeiras neves ao final de agosto ou em setembro. Um lençol permanente se acumula geralmente após meados de outubro ao norte e no centro desta região. Duas ou três eventuais nevascas anteriores se derretem. O momento do início do inverno permanente varia através dos anos. Na província de Oulu, no centro do país, as primeiras nevascas ocorrem tipicamente em outubro, contudo a neve só se torna permanente um mês depois. Na costa, enquanto não há gelo no mar, a neve cai, mas se derrete por várias vezes no início do inverno. Em Helsinque, por exemplo, a camada de neve se derreteu 14 vezes no início do inverno de 1992-1993.
De modo geral, as regiões ao sudoeste e costeira se cobrem de neves permanentes em dezembro. Isto ocorre antes nas regiões internas e depois naquelas frente ao mar. O lençol de neve dura menos nas Ilhas Åland e no arquipélago de Turku. Nestas ilhas, a neve chega ao final do ano e se derrete finalmente e ao mais tardar, ao final de março.
O lençol de neve se torna mais espesso em meados de março e na Lapônia, ao início de abril. Num inverno típico, a espessura é de apenas 10 a 30 cm no sudoeste na província ocidental de Ostrobotnia e na costa. No sudeste e no leste da Finlândia, o lençol tem de 40 a 70 cm de espessura em meados de março. Nas regiões montanhosas do país, em Kainuu e em grande parte da Lapônia, a espessura chega a 60 – 100 cm ao início de abril. A espessura depende de como o inverno ocorre e as médias podem variar muito ao longo do tempo. As nevascas e a espessura do lençol diminuem à medida que o clima se aquece. A duração do lençol gradualmente se encurta, tanto ao início como ao final.
Na primavera, especificamente em março, a neve se derrete razoavelmente rápido, devido ao calor significativo que é irradiado pelo sol. Nesta fase do ano a neve se torna macia, sob a forma de pequenos cristais durante o dia, e se derrete parcialmente. As gélidas temperaturas das noites, porém, a solidificam de novo. As encostas de sul perdem rapidamente a sua cobertura de neve, pois estão diretamente expostas aos raios do sol. Nas florestas e nas áreas mais sombrias das encostas do norte, a neve desaparece uma ou duas semanas mais tarde do que nas áreas expostas. Na costa e nas regiões sulinas a neve já terá desaparecido completamente no início de abril. A terra reaparece ao leste da Finlândia e na província de Oulu entre o final de abril e a partir de dez de maio. Somente no centro e ao norte da Lapônia a neve pode durar até o final de maio.
Ventos
Os períodos mais ventosos são o outono e, particularmente, os meses de inverno. Nas regiões marítimas, índices com força de tempestade (mais de 21 m/s) são registrados, em média, por quatro dias em novembro, dezembro e fevereiro. O número anual de dias tempestuosos flutua muito. O inverno mais ventoso das décadas recentes foi em 1992-1993, quando ocorreram 30 dias de tempestades nas regiões marítimas, entre novembro e janeiro. Em novembro de 2001 houve tempestades excepcionalmente fortes, que causaram danos às florestas e nas áreas internas.
5. O final do inverno e a primavera
Os meses finais do inverno e da primavera são março, abril e parte de maio, A primavera se caracteriza por ventos leves, e tempo claro e ensolarado durante o dia. Esta rotina, por vezes, é interrompida por frentes de baixa pressão que chegam do sudoeste, trazendo neve, chuva e frio, mesmo em maio. O anoitecer já terá sido claro por várias semanas. A primavera começa primeiro, ao sul, estendendo-se pelo resto do país no curso de sete semanas. Em março e abril o sol irradia um bom calor tanto nas escuras florestas como no solo, a esta altura já descoberto da neve.
Também na primavera, a neve e o gelo sobre os lagos se derretem. Os lagos e os rios do sul perdem suas capas de gelo ao final de abril, enquanto ao norte, isto ocorre em maio.
Temperaturas
Na primavera, a temperatura varia muito entre a noite e o dia, quando o calor do sol aquece o país. Em noites claras, a temperatura frequentemente cai abaixo de zero. Ao sul e no centro do país, ao nascer do sol, as temperaturas mais baixas são também negativas, e bastante negativas na Lapônia. Em verdade, as temperaturas por lá podem chegar a 30 graus negativos em março e a até 20 graus negativos em abril. Contudo, em manhãs ensolaradas, as temperaturas sobem acima de zero rapidamente. No início de março, as temperaturas durante o dia são geralmente em torno de zero nas regiões sul e central, mas ao final de abril, já chegam aos 10 graus, com máximas de até 20 graus em anos recentes. Por outro lado, ao norte, a temperatura diurna sobe de 5 graus negativos no início de março a 5 graus positivos no final de abril. Quando os dias estão encobertos, há pouca variação de temperatura durante o dia.
Chuvas e ventos
Há poucas chuvas na Finlândia durante a primavera, porque a atmosfera no Hemisfério Norte é seca após o inverno frio. Por isso, a estação é clara e ensolarada. Muito embora as chuvas sejam, geralmente, poucas, a neve pode cair persistentemente. Por vezes, o sul do país passa por períodos frios em maio, com nevascas e temperaturas pouco acima de zero.
Na primavera os ventos são muito mais fracos do que no inverno. Ventos com força de tempestade no mar são raros nos meses de primavera; em média, há apenas um dia tempestuoso por mês. Em maio como nos demais meses de verão, as estatísticas apontam apenas um dia tempestuoso a cada dois anos.
Por Anneli Nordlund, meteorologista sênior, Instituto de Meteorologia da Finlândia,
janeiro de 2008.